Almazara portuguesa quadruplica a sua produção de azeite virgem extra

Fiel ao seu nome, a Caminhos do Futuro trilhou um caminho rumo ao futuro. A sua evolução não é apenas uma história de máquinas e progresso, mas um compromisso com a preservação do património da produção de azeite e com a alimentação nutritiva do futuro.

FECHA 2025-09-16
Alfa Laval olive oil processing

Tudo começou quando a cooperativa adquiriu um moinho de azeitonas tradicional em 1982. Naquela época, a extração de azeite era um processo muito trabalhoso, que dependia de um sistema de prensagem manual e um moinho de pedra clássico para triturar as azeitonas.

Em 1989, consciente da necessidade de se modernizar, a Caminhos do Futuro entrou numa nova era com a instalação de sua primeira linha de extração contínua da Alfa Laval. A transformação foi profunda.
O que antes exigia 30 trabalhadores, de repente podia ser gerido por apenas um punhado de operadores. Durante uma década, este sistema funcionou bem, mas a crescente procura pelo seu azeite de alta qualidade levou a cooperativa a expandir-se novamente. Em 1998, instalaram no núcleo da linha o então revolucionário decantador NX, apoiado por dois separadores de alta velocidade resistentes.

Sem que a cooperativa soubesse na altura, estas máquinas estavam a lançar as bases para um legado de eficiência e qualidade. Época após época, a tecnologia funcionou na perfeição durante 25 anos, sem uma única avaria e produzindo constantemente um azeite virgem extra excecional. E ainda hoje, o seu batimento continua a ressoar no lagar.

A Caminhos do Futuro deu as boas-vindas ao próximo capítulo com a aquisição do decantador Foodec Sigma em 2024, aumentando a capacidade de processamento de 1500 para 6000 quilos de azeitonas por hora.

O que antes exigia 21 dias de trabalho ininterrupto, agora pode ser feito em uma fração do tempo e com resultados ainda melhores”, afirma José, operador de moinho aposentado da Caminhos do Futuro

A tecnologia Sigma não só trouxe precisão e velocidade para Montemor-o-Novo, mas também inteligência automatizada. A sua interface digital permite maior estabilidade do processo, deteta problemas instantaneamente e otimiza o fluxo em tempo real, tornando as operações mais fluidas e intuitivas. No entanto, o novo decantador não substituiu a centrífuga NX para azeite, mas sim complementou-a. A máquina mais antiga foi reutilizada como segunda linha de extração, trabalhando em conjunto com a centrífuga Foodec Sigma para ajudar a cooperativa de produtores da região a reduzir as perdas no bagaço e maximizar a recuperação do azeite.

Após várias conversas sobre o que fazer com a linha original, sugerimos uma configuração de linha dupla, uma vez que o decantador NX continua a ser mecanicamente sólido, apesar da sua antiguidade. Desta forma, podem ampliar a capacidade e extrair mais óleo, o que aumenta a rentabilidade do processo», explica Rafael Ayuso, Diretor de Vendas Globais da Alfa Laval.

A necessidade de aumentar a capacidade de processamento diária tornou-se crítica para a cooperativa, especialmente porque as campanhas de colheita se tornaram mais curtas e intensas, enquanto a demanda para alimentar uma população em crescimento continua aumentando. Embora tivessem operado com um rendimento sólido durante muitos anos, finalmente chegaram a um ponto em que satisfazer as demandas de produção se tornou cada vez mais difícil. A fábrica de azeite estava determinada a evitar o risco de desperdiçar as valiosas azeitonas, e a instalação de uma nova linha de processamento marcou um ponto de viragem significativo.

Agora que é possível processar o produto no mesmo dia, a cooperativa pode satisfazer as expectativas dos seus clientes e preservar a frescura e os sabores delicados que caracterizam o seu azeite.

Durante mais de duas décadas, o decantador NX prestou um serviço fiel à cooperativa. Essa fiabilidade, juntamente com a relação de confiança duradoura que construímos com a Alfa Laval, facilitou a decisão de continuar com eles quando chegou o momento de expandir novamente e satisfazer as crescentes exigências dos nossos produtores”, afirma Nélson Fialho, diretor da fábrica Caminhos do Futuro.

Através de cada atualização e inovação, a Caminhos do Futuro manteve o seu compromisso com a excelência. Ao honrar o passado, a cooperativa garante que as raízes da antiga arte da produção de azeite permaneçam profundamente enraizadas no solo de Montemor-o-Novo.

Caminhos do Futuro - Almazara

A região da cooperativa em Alentejo, Portugal, é conhecida pelos seus olivais tradicionais, onde as azeitonas são colhidas principalmente à mão e a paisagem é dominada pela variedade Galega.

Uma longa colaboração com a Alfa Laval tem sido fundamental no seu processo de transformação, baseada na confiança, no desempenho e numa visão partilhada do futuro da produção de azeite.

 

 

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